A Catedral Diocesana Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages, está passando por uma fase crucial de diagnóstico técnico que irá embasar o projeto de restauração completa da edificação, cuja última grande reforma foi iniciada em 1995 e concluída em 2002.O trabalho é conduzido por uma equipe multidisciplinar de especialistas, com destaque para as arquitetas e professoras universitárias, Gessica Coelho, da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), e Kassia Zanchett, da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), integrantes do coletivo “Memórias que Habitamos”.
Nesta semana está em andamento um amplo mapeamento de danos na estrutura da Catedral, incluindo fissuras, trincas, umidade e desgaste dos vitrais. Também está em elaboração uma prospecção pictórica para identificar as camadas de pintura ao longo do tempo e determinar quais tintas e cores foram utilizadas nas diferentes fases da história da Catedral.
A análise da estrutura das torres, que recentemente sofreu desprendimento de parte do revestimento de arenito, é uma das etapas mais delicadas do diagnóstico.
Incidente
O incidente, ocorrido no dia 13 de janeiro deste ano, levou à interdição parcial da calçada e da rua Frei Gabriel. A área foi sinalizada e cercada com tapumes, com mão de obra fornecida pela Prefeitura de Lages e materiais custeados pela própria Catedral.
O projeto de restauração inclui levantamento interno e externo com tecnologias de ponta, como laser scanner e aerofotogrametria. A execução está a cargo de três frentes profissionais:
Sobre a Catedral
A Catedral, construída entre 1912 e 1922 e elevada a esta categoria em 1929, é o principal patrimônio arquitetônico de Lages. Seus sinos vieram da Alemanha e levaram seis meses para chegar ao Brasil. O edifício é símbolo da identidade cultural lageana, com valor inestimável para a população local.A restauração de uma edificação não é apenas uma questão estética, é um compromisso com a memória coletiva e com a identidade cultural.